A 4ª edição do Prêmio Educação para Gentileza e Generosidade 2023 Escolas reconheceu projetos criados por alunos de todo o Brasil; entre as iniciativas estão programas de preservação do meio ambiente, valorização da arte, promoção de diálogo e harmonia na comunidade escolar
Foto: Divulgação | Educação para Gentileza e Generosidade
Da Redação
O apoio e o incentivo movem os jovens a realizarem ações inspiradoras. É por esse motivo que o Prêmio Educação para Gentileza e Generosidade 2023 Escolas reconheceu projetos sobre sustentabilidade, acesso à arte e comunicação no ambiente escolar, desenvolvidos por estudantes de diferentes partes do Brasil.
Em sua 4ª edição, o Prêmio EGG Escolas tem como objetivo valorizar projetos que estejam conectados com os 7 princípios da Educação para Gentileza, Generosidade, Solidariedade, Sustentabilidade, Diversidade, Respeito e Cidadania (7PEGG). O Sesc Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, ganhou o primeiro lugar com o projeto Entre Nós, que constroi um laço harmonioso entre as famílias e a comunidade escolar.
Em segundo lugar está o Colégio Estadual Prefeito João Maria de Barros, no Paraná, com o projeto Nutrindo o amor através de atos gentis e sustentáveis, uma iniciativa que promove a preservação ambiental. Já a terceira colocação ficou com a Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Tibério Justo da Silva, no interior de São Paulo, pelo projeto TBT – Tibério no Teatro. O objetivo é conscientizar e valorizar os indivíduos por meio da arte.
A edição de 2023 também homenageou mais 7 escolas, de diferentes Estados brasileiros, que se destacaram nas categorias Gentileza, Generosidade, Solidariedade, Sustentabilidade, Diversidade, Respeito e Cidadania.
A plataforma de inscrições registrou mais de 2000 acessos e, dentre os inscritos, 45,7% representam escolas públicas. O júri contou com profissionais da educação e representantes do terceiro setor, como Fernando Nogueira, diretor executivo da Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR). “Foi uma ótima experiência, que renova esperanças por espaços escolares mais cidadãos, abertos à comunidade e à solidariedade”, afirma.
“Nesta 4ª edição do Prêmio, é surpreendente ver a potência sociotransformadora que está nas escolas, endereçando soluções complexas de forma criativa, estratégica e aproximativa, despertando o senso comunitário e fazendo uso da inteligência coletiva para resolver questões desafiadoras como a desigualdade social, a violência estrutural, discriminação racial e a saúde mental, que interferem, e muito, na performance educacional de todos, tanto de quem aprende quanto de quem ensina. Fica o convite para toda a sociedade conhecer e se inspirar nestes projetos que saíram da indignação e da reclamação, e partiram para a ação e a transformação, com sucesso”, afirmou Marina Pechlivanis, idealizadora da Plataforma de Educação para Gentileza e Generosidade,
Quanto às temáticas mais recorrentes, destacam-se projetos de conscientização social sobre os 7 Princípios da Educação para Gentileza e Generosidade, abrangendo 71,4% das propostas. Em seguida, estão os projetos de arrecadação de bens duráveis e não duráveis, totalizando 14,3%; as iniciativas voltadas a datas do calendário sazonal social, com 11,4%; e os projetos de voluntariado, representando 2,9%. No que diz respeito às regiões das escolas inscritas, a maior concentração está na região Sudeste (48,6%), seguida pela região Nordeste (28,5%), região Sul (20%) e região Norte (2,9%). Do total, 97,1% das escolas inscritas têm o hábito de realizar campanhas de solidariedade, e 48,6% já conheciam a Metodologia dos 7PEGG.
Para Ana Carolina Velasco, Gerente de Relacionamento Institucional no Insper, “Foi emocionante ler tantos projetos de escolas ao redor do Brasil, de professores e alunos engajando o restante da escola, familiares, vizinhança e em alguns casos, toda a cidade, para temas de cidadania, gentileza e generosidade. Parabéns para as escolas que se inscreveram, pois suas histórias certamente inspirarão outras. E, torço para que mais escolas se inscrevam. Tem muitas boas sementes plantadas sobre temas sociais relevantes na sociedade, nas escolas do Brasil.”
O jurado Celso Sekiguchi, Consultor Sênior em Ciências Sociais, Econômicas e Sustentabilidade, considerou avaliação dos projetos uma grande satisfação e também um enorme desafio. “Satisfação por ver que há nas escolas e nos educadores não apenas talentos e competências mas, junto com estudantes e aprendizes, grandes capacidades e vontades de transformar nossa sociedade, tornando-a mais humana e fraterna. Aí está o desafio, pois foram muitos excelentes projetos de todas as regiões do país, com muita diversidade, todos merecedores de reconhecimento!”
O Prêmio Educação para Gentileza e Generosidade 2023 Escolas ressalta o potencial de impacto da juventude, como afirma uma das juradas da iniciativa, Soninha Francine, Secretária Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo. “Cada projeto que eu conhecia melhorava meu ânimo no dia. É muito bacana ver que iniciativas podem surgir de estudantes, professores, mães e vizinhos. Mesmo quando começam com foco em uma data ou tema específico, elas se expandem para além! Ou seja, depois de deixar marcas e sementes nas pessoas da comunidade escolar, agora tem polinização por aqui também!”.
Neste mês, o Observatório do Terceiro Setor iniciou uma nova temporada de lives em parceria com Marina Pechlivanis. Nesta série de lives, Marina recebe mensalmente um jovem empreendedor social, para que ele conte sua história e experiências.
A iniciativa, bem como a premiação, estão alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU, metas que promovem uma sociedade mais justa e sustentável.
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