
Foto: Laura Leite
O painel “A nova geração de captadores de recursos: mobilizando os jovens e gerando oportunidades”, discutiu o papel do jovem no terceiro setor e modos de estimular este movimento; o evento da ABCR contou com a participação do diretor do Observatório, Diego Scala, Marina Pechlivanis e Ana Kotrozini.
Diego Scala, coordenador executivo do Observatório do Terceiro setor (à esquerda); Ana Kotrozini, estudante da USP e captadora de recursos da ONG Litro de Luz (meio); Marina Pechlivanis, idealizadora do projeto Educação Para Gentileza e Generosidade | O poder sociotransformador dos jovens aponta ao grande potencial de articulação e mobilização que a juventude vem desempenhando no terceiro setor a partir de iniciativas de intensa capacidade de transformação social, engajadas aos direitos humanos e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda da ONU 2030. Para dar ainda mais visibilidade a esses protagonistas, o Observatório do Terceiro Setor e sua parceira de conteúdos, Marina Pechlivanis, compôs a programação do segundo dia do Festival ABCR, que nesta edição atingiu recorde de participação com participantes de pelo menos 25 estados brasileiros.
A mesa“A nova geração de captadores de recursos: mobilizando os jovens e gerando oportunidades”, contou com a participação da jovem Anna Kotrozini Karydi, estudante da USP e captadora de recursos da organização Litro de Luz. A partir da pergunta inicial, “O que pensam as novas gerações”, ela que atou como Projetista da FEA Social USP, onde aprofundou conhecimentos sobre terceiro setor e iniciou sua trajetória com empreendedores sociais,narrou como a partir da própria faculdade iniciou ações de captação para iniciativas universitárias.
”A experiência de aprendizado no terceiro setor é o que pode impactar e motivar os jovens, mas poucos tem conhecimento sobre a área; moldar o discurso e mostrar esse espaço de aprendizagem à juventude é muito importante”, compartilhou Ana, que foi uma das entrevistadas da série de lives “O Poder dos Jovens“, realizada pela Plataforma para Gentileza e Generosidade, em parceria com o Observatório.
Ao longo da palestra foram discutidos assuntos dentro das temáticas de juventude, terceiro setor e captação de recursos. Uma das iniciativas citadas foi a pesquisa “3 coisas que Eu Quero Melhorar no Mundo“, promovida pela Plataforma de Educação para Gentileza e Generosidade; em sua 4ª edição, tem como objetivo, por meio de 3 perguntas, ouvir o que pensam as crianças e os jovens até 18 anos sobre os desafios e oportunidades da sociedade e do planeta, criando um diálogo a respeito das inclinações dos jovens dentro de questões sociais como educação, desigualdade, fome, violência, dentre outros fatores.
A percepção de que a mudança vem do indivíduo, não só de governos e organizações sociais já é uma percepção da juventude; sobre esse assunto, o diretor do Observatório ressaltou a importância da mídia dar espaço à voz dessa população que atua nas causa sociais. “Esse é um grande desafio da comunicação, deve haver uma estrutura de caminhos para esses jovens, mostrar que o caminho dentro deste setor pode existir, para isso, inspirá-los a se mobilizar e se movimentar neste espaço”, declarou Diego.
“O futuro da captação de recursos é trabalhar pessoas, trabalhar o poder dos jovens, não só compreender novas tecnologias”, enfatizou Marina Pechlivanis, demonstrando que não existe um molde específico de articulação de jovens em empresas, mas sim uma conscientização e movimentação multifuncional para fazer com que o jovem entenda o repertório contextual da necessidade da captação de recursos.
Diego Scala falou sobre o potencial dos meios de comunicação para alavancar o alcance das ações das organizações sociais e promover mudanças efetivas na sociedade; na oportunidade, o diretor de parcerias do Observatório mencionou como a plataformas de informação enxerga o papel da mídia como catalisadora para ação de jovens no terceiro setor. “Isso é uma responsabilidade e vejo como desafio, por isso também achamos importante e agradecemos a oportunidade de estar em um espaço como o Festival da ABCR, com acesso a um debate qualificado sobre o assunto. Para nós, divulgar as iniciativas dessa juventude e disponibilizar mais caminhos de presença aos jovens é uma ótima forma de estimular sua participação”, afirmou.
No final, ocorreram perguntas e respostas para os participantes e a jovem captadora Ana Kotrozini fez uma fala sobre como pessoas do meio de gerações passadas devem ouvir os jovens sem preconceitos e “tentar entender que por trás das ideias, muitas vezes existiu uma intenção de mudança social”. Leia a matéria original: https://observatorio3setor.org.br/noticias/festival-abcr-2023-discute-o-papel-dos-jovens-no-terceiro-setor/
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